(3) 1º Congresso Luso-Brasileiro de Materiais de Construção Sustentáveis – Guimarães – PT
A casca de arroz quando queimada em temperatura controlada deixa de ser um resíduo e passa a ser um material amorfo, denominado sílica da casca de arroz (SCA), com características pozolânicas. A técnica de combustão em leito fluidizado mostra-se eficaz, resultando em uma sílica da casca de arroz de alta qualidade e homogeneidade, o que possibilita sua utilização em dosagens de concretos e argamassas como adição ou na substituição parcial do cimento Portland. Este trabalho avalia por meio do índice de atividade pozolânica (IAP) a pozolanicidade da SCA, obtida pela técnica de fluidização, e compara com outras pozolanas, tais como, cinza volante (CV) e sílica ativa (SA). Para essa avaliação, os testes foram realizados de acordo com a norma brasileira NBR 5752, ensaiados com cimento Portland brasileiro CPII-Z e mantendo-se a relação água/aglomerantes (a/agl) para o índice de consistência padrão (225±5mm) estabelecido na mesma norma. A fim de manter a consistência padrão para uma mesma relação a/agl acrescentou-se aditivo químico superplastificante (SP). Os resultados dos ensaios indicaram que para SCA o IAP das amostras com alteração da relação a/agl aos 28 dias foi inferior ao mínimo previsto em norma (IAP<75%). Entretanto as amostras contendo cimento e SP, que tiveram relação a/agl mantidas constante, apresentaram aos 28 dias IAP superior ao mínimo (IAP>75%), caracterizando assim a SCA como uma adição mineral.